Ordem:
Família:

Anura

Odontophrynidae

Odontophrynus cultripes

Sapo-amendoim

Status de conservação:

IUCN:

Lista Nacional:

Projetos e ações

Ainda não encontramos.

Unidades de conservação

Ainda não encontramos.

DESCRIÇÃO​

Um pequeno sapo (machos têm 5-7 cm CRC). Cabeça, vista de cima, arredondada, mais ampla que longa, cerca de dois terços tão ampla quanto o corpo. Focinho obtuso, truncado. Narinas, localizada no ponta do focinho. Espaço entre narinas levemente deprimido. Olhos grandes e proeminentes, anteroleterais. Região anterior do dorso com duas glândulas parecidas com um dente de tamanho moderado, e vários pequenos grânulos uniformemente distribuídos. Ele também possui uma glândula temporal marcadamente alargada, lisa. Barriga granular. Tímpano não visível. Dedos livres; um tubérculo grande em forma de pá na base do primeiro dedo (Cochran 1955). Uma grande e alargada glândula tibial. Um único tubérculo metatarsal interno em forma de pá modificado para escavação (Savage e Cei 1965). Coloração: superfícies dorsal da cabeça, costas e membros castanho, com áreas bege na cabeça e algumas áreas escuras nas costas e nos membros. Uma listra distinta amarela ao longo lados, correndo para baixo obliquamente a partir do nível da glândula paratoide em direção a virilha. Laterais da cabeça e lábio superior com manchas escuras regulares. Ventre amarelo com algumas manchas marrons. Garganta dos machos castanho chocolate escuro (Savage e Cei 1965). Girinos: No estágio 37 de Gosner, corpo globoso, ligeiramente achatado no lado inferior. Os olhos e as narinas dorsais. Corpo marrom escuro, com várias pequenas manchas escuras dorsalmente; ventre finamente pigmentado com preto, mas transparente. Musculatura caudal e nadadeiras fortemente pigmentadas com um nítido contraste entre áreas claras e escuras. Nadadeira dorsal maior que a ventral. Espiráculo sinistral direcionado para trás e para cima, tubo cloacal mediano, situado na parte inferior do corpo; papilas labiais bem desenvolvidas e lateralmente ao longo lábio inferior, uma fileira de papilas marginais, não dobradas lateralmente, gap dorsal presentes; LTRF 2 (2) / 3 (1); maxila superior e inferior finamente serrilhada (Savage e Cei 1965). O canto pode ser ouvido em Toledo et al. (2007). Lynch (1971) apresentou uma diagnose para o gênero com base em caracteres osteológicos.

Localidade Tipo:

Lagoa Santa e Tabuleiro Grande, Minas Gerais, Brasil

Holótipo

Ainda não encontramos

Parátipos

Ainda não encontramos

Artigo de descrição

Variações da espécie / Morfotipos

Período de atividade:

Habitat

Ainda não encontramos.

Tamanho

Abundância

Toxina

Ainda não encontramos

Ecologia e história natural

Odontophrynus cultripes é restrito à duas formações vegetais no centro-oeste e sudeste do Brasil, o Cerrado e a Mata Atlântica semi-decidual (Savage e Cei 1965). O. cultripes ocorre em Goiás, Distrito Federal, sudoeste do Rio de Janeiro, Minas Gerais, atingindo o norte de São Paulo a partir de 500 até 1.000 m s.n.m. Apesar de em outros lugares a distribuição de O. americanus e O. cultripes serem sobrepostas, no estado de São Paulo, as duas formas não foram encontradas em conjunto, então admite-se que elas sejam alopátricas. Embora existam relatos dessa espécie na argentina e Paraguai, é pouco provável que esta espécie ocupe estas regiões (ver Cei 1980) A sua distribuição geográfica está dentro de áreas protegidas, como o Parque Estadual Nova Baden, em Lambari-MG, Parque Municipal das Mangabeiras, em Belo Horizonte-MG, RPPN Santuário do Caraça, em Santa Bárbara-MG, Estação Ecológica do Tripuí, em Ouro Preto-MG, APA da Serra de São José, em Tiradentes-MG, e a Floresta Nacional de Silvânia, em Silvânia-GO. Esta espécie é localmente abundante ao longo da sua distribuição (ver Nascimento 1991 e Silvano 1999). O. cultripes é uma forma fossorial e coloca uma massa gelatinosa de ovos no fundo de charcos e poças temporários, mas também pode se reproduzir em corpos d’água artificiais, como açudes com macrófitas flutuantes; o amplexo é axilar (Cochran 1955; Bastos et al. 2003). Esta espécie já foi registrada com menor frequência nas proximidades de córregos florestados com baixa turbulência (Silvano 1999; Pedralli et al. 2001). Cei (1980) observou reprodução em terreno molhado e pantanoso, perto de Belo Horizonte, como também notado por Cochran (1955). Silvano (1999) registrou esta espécie durante todo o ano, em seu local de estudo, composto por uma serra e zonas suburbanas no sul Minas Gerais, adicionalmente, o pico de atividade de vocalização ocorreu na época da seca. No entanto, o padrão reprodutivo parece variar geograficamente: Canelas e Bertoluci (2007) relatem que a reprodução de O. cultripes esteve associada ao início da estação chuvosa, em uma área de Mata Atlântica no centro de Minas Gerais. Contrastando com os dados desses autores, Giaretta et al. (2008) registraram a reprodução de O. cultripes ocorrendo em ambos os períodos secos e chuvosos, no sudoeste de Minas Gerais, uma área de transição entre o Cerrado e Mata Atlântica Semi-decidual, o que concorda com os dados de Silvano (1999).

Ameaças

Ainda não encontramos.

Etnobiologia

Ainda não encontramos.

Tipos de Ambientes

Ainda não encontramos.

Galeria de ambientes

Biomas / Eco-regiões

Cerrado, Mata Atlântica

Vocalização

Descrição do canto

Ainda não encontramos

Variações de canto

Reprodução

Odontophrynus cultripes é restrito à duas formações vegetais no centro-oeste e sudeste do Brasil, o Cerrado e a Mata Atlântica semi-decidual (Savage e Cei 1965). O. cultripes ocorre em Goiás, Distrito Federal, sudoeste do Rio de Janeiro, Minas Gerais, atingindo o norte de São Paulo a partir de 500 até 1.000 m s.n.m. Apesar de em outros lugares a distribuição de O. americanus e O. cultripes serem sobrepostas, no estado de São Paulo, as duas formas não foram encontradas em conjunto, então admite-se que elas sejam alopátricas. Embora existam relatos dessa espécie na argentina e Paraguai, é pouco provável que esta espécie ocupe estas regiões (ver Cei 1980) A sua distribuição geográfica está dentro de áreas protegidas, como o Parque Estadual Nova Baden, em Lambari-MG, Parque Municipal das Mangabeiras, em Belo Horizonte-MG, RPPN Santuário do Caraça, em Santa Bárbara-MG, Estação Ecológica do Tripuí, em Ouro Preto-MG, APA da Serra de São José, em Tiradentes-MG, e a Floresta Nacional de Silvânia, em Silvânia-GO. Esta espécie é localmente abundante ao longo da sua distribuição (ver Nascimento 1991 e Silvano 1999). O. cultripes é uma forma fossorial e coloca uma massa gelatinosa de ovos no fundo de charcos e poças temporários, mas também pode se reproduzir em corpos d’água artificiais, como açudes com macrófitas flutuantes; o amplexo é axilar (Cochran 1955; Bastos et al. 2003). Esta espécie já foi registrada com menor frequência nas proximidades de córregos florestados com baixa turbulência (Silvano 1999; Pedralli et al. 2001). Cei (1980) observou reprodução em terreno molhado e pantanoso, perto de Belo Horizonte, como também notado por Cochran (1955). Silvano (1999) registrou esta espécie durante todo o ano, em seu local de estudo, composto por uma serra e zonas suburbanas no sul Minas Gerais, adicionalmente, o pico de atividade de vocalização ocorreu na época da seca. No entanto, o padrão reprodutivo parece variar geograficamente: Canelas e Bertoluci (2007) relatem que a reprodução de O. cultripes esteve associada ao início da estação chuvosa, em uma área de Mata Atlântica no centro de Minas Gerais. Contrastando com os dados desses autores, Giaretta et al. (2008) registraram a reprodução de O. cultripes ocorrendo em ambos os períodos secos e chuvosos, no sudoeste de Minas Gerais, uma área de transição entre o Cerrado e Mata Atlântica Semi-decidual, o que concorda com os dados de Silvano (1999).

Sítios reprodutivos

Modo reprodutivo

Época reprodutiva

Tipo de desenvolvimento

Direto, ou seja, sem a presença de girinos.

Girinos

O_cultripes

História Natural

Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.

Morfologia

Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.
Ainda não encontramos.

Créditos

Fotografias

Rodrigo Tinoco

Tiago Pezutti

Ilustrações

Gabriela Luiza de Deus

Vocalizações

Colaborador da página

Texto copiado de http://amphibiaweb.org – autorizado pelo autor Diogo Borges Provete, Departamento de Zoologia e Botânica, Universidade Estadual Paulista-SP (UNESP), Brasil, 2008-11-29
Bastos, R. P., Motta, J. A., Lima, L. P., and Guimaraes, L. D. (2003). Anfíbios da Floresta Nacional de Silvânia, Estado de Goiás. Stylo Gráfica e Editora, Goiânia. Canelas, M. A. S., and Bertoluci, J. (2007). ”Anurans of the Serra do Caraça, southeastern Brazil: species composition and phenological patterns of calling activity.” Iheringia, 97, 21-26. Cei, J. M. (1980). ”Amphibians of Argentina.” Monitore Zoologica Italiano, New Series Monografia, Firenze, 2, 1-609. Cochran, D. M. (1955). ”Frogs of southeastern Brazil.” Bulletin of the U.S. National Museum, 206, 1-423. Giaretta, A. A., Menin, M, Facure, K. G., and de C. Kokubum, M. N. (2008). ”Species richness, relative abundance, and habitat of reproduction of terrestrial frogs in the Triângulo Mineiro region, Cerrado biome, southeastern Brazil.” Iheringia, 98, 181-188. Nascimento, L. B. (1991). Bioecologia dos anfíbios anuros do Parque das Manguabeiras (Belo Horizonte MG).. MN-UFRJ, Rio de Janeiro. Pedralli, G., Guimarães Neto, A.S., and Teixeira, M.C.B. (2001). ”Diversidade de anfíbios na região de Ouro Preto.” Ciência Hoje, 30, 70-73. Savage, J. M. and Cei, J. M. (1965). ”A review of the leptodactylid frog genus Odontophrynus.” Herpetologica, 21(3), 178-195. Silvano, D.L. (1999). Padrões de Distribuição Espacial e Temporal e Potencial Indicador de Qualidade Ambiental dos Anuros (Amphibia) na Região da APA São José e entorno, MG, Brasil. UFMG, Belo Horizonte-MG.